Ovodoação

A primeira gravidez resultante de uma ovodoação ocorreu em 1984. A paciente apresentava falência ovariana prematura, ou seja, entrou precocemente na menopausa. Em 1989, essa técnica passou a ser aplicada em mulheres com idade avançada, que já se encontravam na menopausa. No Brasil, o procedimento é bastante estabelecido, ético e contemplado pelas Normas do Conselho Federal de Medicina. Para isso, as clínicas de Reprodução Humana devem obedecer algumas condições, como: doação sem caráter comercial, manter o anonimato das identidades das mulheres envolvidas (doadoras e receptoras).


O tratamento com doação de óvulos consiste em um ciclo de Fertilização In Vitro e uma doadora de óvulos. Uma parte desses óvulos será doada para a receptora, que já não tem mais a capacidade de produzir óvulos, em quantidade e qualidade satisfatórias. Ela terá o útero preparado com hormônios antes de receber o embrião, usando medicamentos para manter a gestação no seu primeiro trimestre (até 11 semanas). Eles são mantidos até o terceiro mês de gestação, quando a placenta passa a ser a responsável por essa manutenção.


Indicação

Mulheres com falência ovariana

Falência ovariana primária - disgenesia gonadal

Falência ovariana prematura

Menopausa


Mulheres com função ovariana

Anomalias genéticas

Falhas repetidas de FIV (más respondedoras ou baixa fertilização)

Ovários inacessíveis tecnicamente para obter oócitos

Mulheres com mais de 40 anos com ciclo menstrual normal


Doadoras

No Brasil, existe uma dificuldade muito grande em obter doadoras de óvulos. A própria cultura e mentalidade do povo brasileiro não demonstra uma preocupação com a doação, em geral. Atualmente, existem três formas de doar óvulos:


  1. Pacientes em tratamento de Fertilização in Vitro podem doar óvulos excedentes após uma boa resposta aos medicamentos.
  2. Doação voluntária.
  3. Pacientes que precisam fazer o tratamento de Fertilização in Vitro e não têm plenas condições financeiras para isso, podem doar metade dos óvulos em troca de abatimento dos custos, por meio da doação compartilhada.


De acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina, não é permitida nenhuma transação comercial nesse tipo de tratamento. A doação deve ser voluntária e sem fins lucrativos. Consentida através de Termo de Consentimento assinado.


A candidata à doação deve fazer uma consulta com médico especialista, exames clínicos e laboratoriais, preencher um questionário detalhado sobre sua vida pessoal e antecedentes familiares, incluindo detalhes físicos como cor da pele, tipo e cor dos cabelos e olhos, peso e altura.


Exames necessários:

- Sorologias para Sífilis, HIV, Hepatites A; B e C; HTLV

- Tipagem sanguínea (ABO/Rh)

- Exame ginecológico

- Ultrassom transvaginal recente


Critérios para ser doadora de óvulos:

- Ter entre 18 e 37 anos

- Bom nível intelectual

- Histórico negativo para patologias de transmissão genética

- Cariótipo normal

- Sorologias negativas para: DST, HIV, sífilis, HTLV, Hepatites A; B e C


Como é o tratamento da doadora (Ciclo Fertilização In Vitro):

- Para doadoras voluntárias (itens 1 e 2)

- Para doadoras em doação compartilhada (itens de 1 a 5)

  1. Estimulação ovariana
  2. Coleta de óvulos
  3. Coleta de espermatozoides e Manipulação dos gametas: FIV/ICSI
  4. Transferência dos embriões
  5. Suporte e acompanhamento da gestação inicial 
Quero ser doadora Programa de Doação Compartilhada de Óvulos Doar óvulos: um ato de amor ao próximo e a possibilidade de preservar sua Fertilidade

Receptoras

Exames de histeroscopia, biópsia de endométrio, ressonância magnética, histerossonografia, em alguns casos, poderão complementar a avaliação da cavidade uterina. O casal deverá realizar exames de admissão para o tratamento de Fertilização In Vitro (FIV) com Ovodoação, são eles: sorologias como HIV, HTLV, sífilis e hepatites A; B e C, além de tipagem sanguínea (ABO/Rh).


Para receptoras com mais de 45 anos, são solicitados, além do ultrassom transvaginal, exames gerais como:

- Avaliação de órgãos e sistemas

- Eletrocardiograma

- Mamografia

- Teste de tolerância à glicose

- Colesterol e triglicérides

- Uréia, Creatinina, Sódio, Potássio

- Hemograma completo + plaquetas

- Testes imunológicos (anticorpo anti nuclear, anticardiolipina e lupus anticoagulante)

- Avaliação do trato reprodutivo

- Exame ginecológico

- Microbiologia vaginal


Como funciona o tratamento da Receptora


A escolha da doadora para uma determinada receptora deverá seguir a similaridade das características físicas principais (peso, altura, cor da pele, olhos cabelos) e tipo sanguíneo deve ser compatíveis com o casal receptor, no caso dos pais não quererem contar ao filho a maneira que ele foi gerado.


A receptora poderá ter acesso ao questionário com todas as características físicas principais da doadora. Apesar de muitas características das doadoras, não serem transmitidas aos filhos, as receptoras sentem-se emocionalmente mais confortáveis em escolher semelhante, seja fisicamente ou em termos de personalidade.


O tratamento da receptora inclui o preparo do útero com hormônios (estrógenos), para a transferência dos embriões. A duração do tratamento é de 15 a 30 dias. O preparo do endométrio (camada interna do útero) é feito com os seguintes medicamentos:


- Agonista GnRH (lupron ou gonapetyl daily) ou antagonista do GnRH (orgalutran 0,25mg ou Cetrotide 0,25 mg)

- Estrógeno transdérmico ou estrógenos via oral (comprimidos)

- Progesterona (utrogestan 200 mg ou Crinone 8%)

São realizadas ultrassonografias seriadas para a Avaliação endometrial e a constatação do momento certo para a transferência dos embriões, que irá ocorrer 3 a 5 dias após o início da progesterona:


Esquema de tratamento com Ovodoação:

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