A manutenção da fertilidade feminina através da criopreservação (congelamento de óvulos) permite à mulher armazenar essas células ainda jovem, para usar quando estiver mais velha e planejar uma família.
As taxas de gravidez, de aproximadamente 55%, demonstram que o método é eficaz comparado às taxas de gravidez em FIV com óvulos, tornando o procedimento a única alternativas para preservar a fertilidade da mulher. O congelamento de óvulos também pode ter uma indicação médica de emergência: quando a mulher se depara com o diagnóstico de uma patologia maligna, como câncer, ou alguma razão pessoal.
Por volta de ano de 2010, aproximadamente 2.000 nascimentos são registrados no mundo com essa tecnologia, o que fez com que os Estados Unidos, por exemplo, abolissem o caráter experimental da técnica, para colocá-la em forma de tratamento com aplicação clínica. Já em 2017, registravam-se mais de 20000 nascimentos de bebês provenientes de óvulos congelados/descongelados.
O processo envolve estimular os ovários da mulher a produzir maior número de óvulos, depois coletá-los, através da punção dos folículos, e armazená-los para uso futuro. A melhor qualidade dos óvulos da mulher é quando ela está entre 16 e 28 anos de idade. Muitos ainda permanecem com boa qualidade entre 29 e 38 anos de idade. E podem existir alguns óvulos úteis no final de seu período reprodutivo, entre 39 e 46 anos de idade. Portanto, a melhor situação seria ter os óvulos para congelar, o mais cedo possível (abaixo de 35 anos).
- Mulheres solteiras e que não pensam em engravidar agora, informadas e preocupadas com a diminuição da fertilidade;
- Mulheres que querem doar óvulos, de forma voluntária, podem congelar parte desses óvulos, mantendo uma reserva própria;
- Mulheres que serão submetidas a tratamentos oncológicos.
- Fertilização in Vitro – evita questões éticas e religiosas com o congelamento de embriões
- Mulheres com histórico familiar de menopausa precoce
- Mulheres com exames diagnósticos, mostrando baixa reserva ovariana e que não pensam em engravidar agora.
Para congelar óvulos maduros no estágio em que obtemos os melhores resultados de gravidez, a paciente é submetida as estapas iniciais de uma Fertilização In Vitro (FIV), ou seja, a Estimulação ovariana, Coleta dos óvulos, manipulação dos óvulos (limpeza e classificação) e posterior congelamento, pela técnica de vitrificação.
No momento em que a paciente deseja engravidar, é concluído o processo da Fertilização In Vitro (FIV) com o descongelamento dos óvulos, coleta dos espermatozoides, Fertilização (ICSI), transferência dos embriões. Portanto, o procedimento de congelamento de óvulos pode ser dividido em três fases iniciais (até o congelamento) e três fases complementares (descongelamento, fertilização com os espermatozoides e a transferência dos embriões).
A estimulação dos ovários tem o objetivo de produzir um número maior de óvulos para o congelamento. No ciclo natural a mulher produz um único óvulo, o que é pouco para garantir uma reserva de óvulos que produza bons resultados de gestação.
Os medicamentos são injetáveis e de administração subcutânea, facilmente aplicados pela própria paciente. As dosagens são reguladas de acordo com as necessidades individuais e controladas pelos exames seriados (dosagens hormonais e ultrassom) realizados nessa fase.
É a fase final, em que a paciente deve comparecer a clínica aproximadamente 35 horas após a administração do último medicamento (HCG). Em jejum e no horário estabelecido pela equipe médica.
É feita a punção vaginal no centro cirúrgico, guiada por ultrassom, sob anestesia (sedação de ação curta), onde os óvulos são aspirados em procedimento rápido (10 – 15 minutos). Após aproximadamente 30 minutos de repouso, a paciente é liberada, podendo realizar suas atividades normais no mesmo dia.
Após a aspiração, os óvulos são separados, cultivados e classificados quanto à sua maturidade, podendo permanecer vitrificados por tempo indeterminado. A técnica de congelamento por vitrificação assegura resultados excelentes nos tratamentos de Fertilização in Vitro. A taxa de gestação por essa técnica é semelhante ao tratamento utilizando óvulos frescos.
Essa fase começa após a paciente decidir que deseja engravidar. O útero é preparado para receber os embriões; coleta da amostra seminal (avaliação e preparo dos espermatozoides); descongelamento dos óvulos para posterior fertilização (formação dos embriões) e a transferência dos embriões.
No descongelamento, os óvulos são aquecidos e retirados do meio que os manteve no período em que estiveram vitrificados. Em seguida, são encaminhados para o processo de fertilização.
O preparo do útero para receber os embriões é extremamente simples, pois a necessidade de medicamentos é mínima. Isso pode ser feito até dentro de um ciclo ovulatório natural, com a presença somente dos hormônios produzidos pelo próprio organismo.
A fertilização dos óvulos descongelados pode ocorrer de duas formas:
A FIV convencional: onde os óvulos são colocados em uma incubadora no laboratório, junto dos espermatozoides e meio de cultura, em condições ambientais semelhantes às encontradas nas trompas – local onde normalmente ocorre a fecundação natural.
A técnica de ICSI: onde é injetado com uma micropipeta, um único espermatozoide dentro de cada óvulo. No dia seguinte, verificam-se quais óvulos foram fertilizados, e a partir daí inicia-se o processo de divisão celular do embrião.
A paciente deverá comparecer à clínica no horário predeterminado. O procedimento de transferência é simples, sem a necessidade de anestesia, porém deve ser feita pelo médico com extremo cuidado. O último passo do processo, apesar de ser simples, requer habilidade, experiência e destreza do médico, a ponto de colocar em risco o sucesso da tentativa de FIV, mesmo com tudo correndo perfeitamente bem até o momento.
É introduzido um pequeno cateter flexível pela vagina em direção ao colo do útero, até atingir a cavidade uterina. A transferência de embriões deve ser da maneira menos traumática possível. Após essa etapa, a paciente deverá ficar deitada na mesa ginecológica por cerca de 15 minutos, retornando posteriormente para casa com repouso, atividades físicas limitadas e orientação sobre os medicamentos que deverá continuar usando.
O número de embriões a ser transferidos depende de uma série de fatores, como: idade (novas regras do CFM, maio de 2013), qualidade dos embriões e desejo da paciente. Com os avanços das técnicas de laboratório para avaliação dos embriões e meios de cultura cada vez melhores, o número de embriões transferidos dificilmente ultrapassa dois.
O congelamento de óvulos é a única alternativa viável para a mulher que está pensando em preservar a fertilidade, e deve ser oferecido às pacientes. A paciente deve assinar um Termo de Consentimento, deixando claras as limitações e possibilidades de sucesso da técnica (taxa de fertilização e taxa de gravidez) após o descongelamento dos óvulos.
Atualmente, as chances de sucesso desse procedimento são de 40% por tentativa, em média, tendo a possibilidade de se trabalhar com 5 – 6 óvulos que sobreviveram ao processo de descongelamento.
A idade ideal para congelar óvulos varia de pessoa para pessoa e depende de vários fatores individuais, incluindo metas de vida, saúde reprodutiva e circunstâncias pessoais. No entanto, em geral, a recomendação é considerar o congelamento de óvulos antes dos 35 anos, se possível. Por isso, costumamos dizer que não existe uma idade ideal para fazer o congelamento de óvulos, mas sempre dizemos que quanto antes congelar óvulos, melhor será o resultado que pretende se obter desta técnica, maior será a probabilidade de uma gravidez, maior será a esperança.
A fertilidade feminina tende a diminuir com a idade, principalmente após os 30 anos, e essa queda se torna mais acentuada após os 35 anos. À medida que as mulheres envelhecem, a qualidade e a quantidade de óvulos disponíveis diminuem, o que pode tornar mais difícil engravidar naturalmente e aumentar o risco de complicações durante a gravidez.
O congelamento de óvulos é uma opção para preservar a fertilidade e adiar a decisão de ter filhos até que você esteja pronta. Ao congelar óvulos em uma idade mais jovem, você pode ter uma reserva de óvulos de melhor qualidade para usar quando estiver pronta para iniciar uma família. No entanto, é importante lembrar que o congelamento de óvulos não é uma garantia de gravidez bem-sucedida no futuro, mas pode melhorar muito suas chances.
Converse com um médico ou especialista em fertilidade para discutir suas opções, avaliar sua saúde reprodutiva e determinar o momento certo para o congelamento de óvulos com base em sua situação individual. Lembre-se de que quanto mais cedo você considerar essa opção, maior será a probabilidade de sucesso no futuro. Faça anualmente, a partir dos 30 anos de idade, a avaliação de sua reserva ovariana (quantidade de óvulos nos ovários). Discuta isso com seu médico durante sua consulta ginecológica de rotina, e pense no seu planejamento reprodutivo.
As taxas de sucesso ( taxa de gravidez após descongelamento ) do congelamento de óvulos, atualmente, são muito boas, comparáveis as taxas de sucesso de uma Fertilização In vitro, utilizando óvulos frescos.
No entanto, essas taxas de successo podem variar com base em diversos fatores, sendo a idade no momento do congelamento um dos fatores mais críticos. Por isso, quanto menor a idade da mulher no momento do congelamento, maiores serão as taxas de gravidez alcançadas, e um menor número de óvulos será necessário, para alcançar a gravidez, no futuro. Aqui estão algumas estimativas gerais das taxas de sucesso:
Idade no momento do congelamento:
Qualidade dos óvulos:
Técnica de congelamento:
Qualidade do esperma e técnica de fertilização (pós descongelamento):
Lembre-se de que essas são estimativas gerais e que as taxas de sucesso podem variar amplamente de acordo com a situação individual. É fundamental discutir suas expectativas e probabilidades específicas com um médico especializado em fertilidade, que poderá avaliar sua saúde reprodutiva, a qualidade dos óvulos e orientá-la com informações mais precisas sobre suas chances de sucesso com o congelamento de óvulos. O sucesso da gravidez também dependerá de outros fatores, como a qualidade do útero e a saúde geral da mulher.
O congelamento de óvulos é um procedimento médico e, como qualquer procedimento médico, pode envolver riscos e efeitos colaterais. Porém, é procedimento minimamente invasivo, simples, e felizmente os riscos e efeitos colaterais são incomuns.
De qualquer forma, é importante estar ciente desses riscos antes de tomar a decisão de congelar seus óvulos. Alguns dos riscos e efeitos colaterais incluem:
Complicações associadas à coleta de óvulos (puncão folicular):
Efeitos colaterais do estímulo ovariano:
Riscos associados à anestesia:
Riscos emocionais:
Não garantia de sucesso:
É importante discutir todos esses riscos e efeitos colaterais com um médico especializado em fertilidade antes de decidir realizar o procedimento, durante sua consulta, para te passar mais informações sobre o tratamento. Ele poderá fornecer orientações específicas com base na sua situação e ajudá-la a tomar uma decisão informada sobre o congelamento de óvulos. Além disso, a escolha de uma clínica de fertilidade experiente e qualificada pode minimizar os riscos e aumentar as chances de sucesso.
O período de armazenamento de óvulos congelados pode variar dependendo da legislação do país e das políticas da clínica de fertilidade. No Brasil, os óvulos podem ficar congelados por tempo indeterminado, se essa for a escolha da paciente.
A vitrificação, uma técnica moderna de congelamento de óvulos, geralmente resulta em melhores taxas de sobrevivência e qualidade de óvulos após o descongelamento, o que pode estender o período de armazenamento eficaz, sem alterar as taxas de sucesso, tanto de sobrevivência ao descongelamento, como de uma gravidez.
Há relatos de óvulos armazenados óvulos por décadas com sucesso, desde que sejam mantidos nas condições adequadas de congelamento, existe uma taxa de manutenção, anual, para que tudo ocorra com qualidade e resulte no sucesso da técnica, quando os óvulos forem utilizados.
No entanto, é importante verificar as regulamentações locais e as políticas da clínica de fertilidade em relação ao período de armazenamento de óvulos. Além disso, é fundamental manter-se atualizado sobre o estado de seus óvulos e discutir com seu médico especialista em fertilidade quando considerar o uso dos óvulos congelados.
Se eu não precisar mais dos óvulos congelados?
Isso pode ser motivo de preocupação, muitas vezes, e se você decidir que não deseja mais utilizar os óvulos congelados, existem algumas opções disponíveis. Aqui estão algumas opções comuns:
Doação de óvulos: Você pode optar por doar seus óvulos para outras pessoas ou casais que estão enfrentando dificuldades de fertilidade e que desejam ter filhos, desdeque eles tenham sido congelados até seus 37 anos de idade. A doação de óvulos é um ato altruísta que pode ajudar a realizar o sonho de parentalidade de outras pessoas. Isso é feito de forma anônima, seguindo as Normas do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Descarte seguro: Se você não deseja doar seus óvulos e não pretende mais utilizá-los, você pode optar pelo descarte seguro dos óvulos congelados. Óvulos são células, e podem ser descaratdos, como os espermatozoides. As clínicas de fertilidade têm procedimentos adequados para descartar os óvulos de forma segura.
Manutenção contínua: As clínicas podem permitir que você mantenha seus óvulos congelados indefinidamente, desde que você esteja disposta a pagar as taxas de armazenamento anuais. Isso pode ser uma opção se você não tem certeza sobre o que fazer com os óvulos no momento, mas deseja mantê-los como uma opção para o futuro.
O congelamento de óvulos em si não afeta diretamente a fertilidade futura de uma mulher. O processo de congelamento de óvulos envolve a extração dos óvulos dos ovários e sua preservação em estado congelado. Os óvulos congelados são armazenados até que a mulher esteja pronta para usá-los em um ciclo de fertilização in vitro (FIV) no futuro.
Além disso, é muito importante esclarecer, uma dúvida comum das mulheres, que congelar óvulos, fazer estimulação ovariana para coletar mais óvulos, não causa a dimimuição da reserva ovariana da mulher, não faz com que ela antecipe sua menopausa. A estimulação ovariana faz com que se recupere alguns óvulos que já seriam perdidos naquele ciclo óvulatório, já estava programado para se perder esse múmero de óvulos naquele ciclo (mês). Portanto, vamos recuperar alguns óvulos que não mais farão parte da reserva ovariana da mulher, e congelá-los, preservando sua fertilidade.
No entanto, é importante entender que a idade no momento do congelamento é um fator crucial na determinação da qualidade e da quantidade de óvulos disponíveis. À medida que uma mulher envelhece, a qualidade e a quantidade de seus óvulos diminuem naturalmente. Portanto, congelar óvulos em uma idade mais avançada pode resultar em um número menor de óvulos de qualidade inferior disponíveis para futuros ciclos de FIV.
Além disso, outros fatores, como a saúde geral da mulher, a qualidade do esperma do parceiro ou do doador e a qualidade do útero, também afetarão as chances de sucesso em um ciclo de FIV posterior.
Em resumo, o congelamento de óvulos é uma ferramenta que pode ajudar a preservar a fertilidade e a opção de ter filhos no futuro, mas o sucesso da gravidez futura dependerá de vários fatores, incluindo a idade no momento do congelamento e outros fatores de saúde reprodutiva. É importante discutir suas opções de preservação da fertilidade com um médico especializado em fertilidade para entender melhor como o congelamento de óvulos pode afetar suas chances de ter filhos no futuro.
Até recentemente, o único método de congelar óvulos era o de Congelamento Lento. Diferentemente do congelamento de sêmen - um método bem sucedido durante anos - os resultados iniciais do congelamento de óvulos, utilizando o Congelamento Lento, não foram animadores.
Os óvulos contêm uma grande quantidade de água no seu interior (muito citoplasma), o que faz o congelamento de óvulos muito mais difícil. Ao serem congelados, podem formar cristais de gelo no seu interior, aumentando a pressão interna da célula e levando a sua ruptura (degeneração).
A evolução da técnica de congelamento de óvulos teve de passar pela tentativa de minimizar essa formação de cristais de gelo, e, para isso, foi necessário remover uma quantidade de água de dentro dos óvulos (desidratação). Mas, o Congelamento Lento impossibilitava a remoção de toda a água do óvulo, e cristais de gelo se formavam da mesma maneira, abaixando as taxas de fertilização e gravidez.
A introdução da técnica de Vitrificação (congelamento ultrarápido) possibilitou um congelamento tão rápido, que não há tempo para a formação de cristais de gelo.
Ela foi criada pelo Dr. Masashige Kwayama da Clinica Kato, em Tóquio, no Japão, e se difere pela rapidez com que atinge baixas temperaturas (-196º), produzindo um estado vítreo no embrião ou óvulo e impedindo danos celulares.
Comparação da velocidade de congelamento entre as duas técnicas:
Congelamento Lento: 0,3 ºC por minuto e 2 horas de tempo de congelamento.
Vitrificação: 23 ºC por minuto e 20 minutos de tempo de congelamento.
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